Novo estudo mostra que o risco de morte do bebê que nasce antes de 39 semanas é maior do que aqueles que chegam ao fim da gestação.
Cada vez mais os estudos confirmam e alertam o quanto adiantar o parto sem necessidade, mesmo que em poucas semanas, traz riscos para o bebê. Um deles, publicado este mês na revista científica Obstetrics & Gynecology, revelou que antes de 39 semanas há risco de morte para a criança.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas da March of Dimes Foundation, uma organização não governamental que encabeça campanhas nos Estados Unidos para evitar nascimentos prematuros, analisaram mais de 46 milhões de nascimentos, usando dados do National Center for Health Statistics U.S. O resultado revelou que a taxa de mortalidade infantil era de 1.9 para cada 1.000 bebês nascidos na 40a semana de gestação e subia para 3.9 para aqueles nascidos pouco antes, na 37a semana.
De acordo com Antônio Júlio de Sales Barbosa, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Catarina (SP), a pesquisa apenas reforça o que já é sabido entre os obstetras. “São considerados prematuros bebês que nascem com menos de 37 semanas. Mas isso não quer dizer que aquele que chegou até a 37a já possa nascer. Não é bem assim. Eles ainda têm um pequeno cumprimento de maturidade pulmonar a ser vencido – o que acontece entre a 38a ou 39a semana”, diz.
E o especialista reforça, ainda, que, mesmo na 38a semana, as cesáreas eletivas (agendadas sem necessidade) podem trazer surpresas, ao acarretar em complicações para os bebês, como infecções respiratórias, febre, alteração na temperatura. “Parece que uma semana é pouco, mas para o bebê na barriga é muito”, afirma Júlio.
Sobre problemas respiratórios, aliás, cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, já haviam mostrado como o risco de complicação acaba sendo maior para quem nasceu antes da hora. Eles avaliaram mais de 230 mil partos feitos entre 2002 e 2008 em hospitais dos Estados Unidos. Cerca de 7 mil bebês tiveram de ser internados em UTIs, sendo que, destes, mais de 2 mil sofreram de problemas respiratórios. Entre os casos de pneumonia, por exemplo, o problema caiu de 1,5% entre os que nasceram de até 38 semanas para 0,1% na 39ª semana.
No Brasil, a maioria dos nascimentos na rede particular ainda é feita por cesáreas. O maior problema é o crescente número de cesáreas eletivas, ou seja, quando a cirurgia é agendada antes de a grávida entrar em trabalho de parto. Um dos riscos envolvidos é a chance de o médico errar no cálculo gestacional e o bebê nascer prematuro. Com isso, a criança deixa de ganhar peso e de amadurecer os pulmões, e ainda corre o risco de precisar ser internada em uma UTI neonatal por conta da prematuridade. “Muitas cirurgias são feitas sem necessidade, apenas por comodismo, tanto dos pais da criança, que querem se organizar melhor, quanto dos médicos, que não precisam desmarcar consultas para realizar um parto a qualquer momento”, diz Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista do Hospital Sírio-Libanês (SP). Nos Estados Unidos, dados do March of Dimes mostram que 543 mil bebês (1 a cada 8) nascem prematuramente.
A situação é diferente quando a mãe entra em trabalho de parto e, no meio do caminho, é preciso realizar uma cesárea. A chance de a criança ter problemas pulmonares é menor porque, durante o processo, segundo Pupo, há uma série de transformações que acontecem na criança que a deixam mais preparada para sobreviver fora do útero. “Não se deve interferir num processo natural, a não ser em casos específicos em que há risco de vida para a mãe e o bebê”. A data provável dos partos é em torno de 40 semanas de gestação. E, se mãe e filho estiverem bem, esse prazo pode se estender até 41 semanas e 6 dias.
Por que o número de cesárea só cresce?
Por falta de informação , incentivo do médico ou até mesmo por medo do parto normal, as gestantes tendem a acreditar que a cesárea é o tipo de parto mais seguro. Mas os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que é justamente o contrário. Um estudo, que avaliou mais de 100 mil nascimentos em países asiáticos, mostrou que as grávidas que passaram por uma cesárea têm mais de sofrer complicações sérias, que podem levar à morte. Caso a cesárea seja realizada antes da mulher entrar em trabalho de parto e sem indicação médica, os riscos são 2.7 vezes maiores do que no parto vaginal, segundo as estatísticas. Já no caso dos partos cirúrgicos feitos antes do trabalho de parto, mas com indicação médica, o número cai para 2.1.
Ainda assim, se numa roda de conversa com outras mães, você perguntar quem teve parto normal, vai perceber que as estatísticas sobre o parto cesárea no mundo são mesmo alarmantes. Dados do The NHS INformation Centre, na Inglaterra, por exemplo, mostram que 25% dos partos no Reino Unido, entre 2008 e 2009, foram cirúrgicos. Já nos Estados Unidos, em 2005, esse índice já era de 30,2%. No Brasil, os números são ainda mais assustadores. Somente no SUS, 33,25% dos partos realizados em 2008 foram cirúrgicos, de acordo com o Ministério da Saúde, o que representa cerca de 655 mil cesáreas. Todos esses dados contrariam a recomendação da Organização Mundial de Saúde, que determina que esse tipo de parto represente somente entre 10% e 15% do total realizado em um país.
Os benefícios do parto normal
Para o bebê: esse tipo de nascimento é bom porque segue o processo natural. Ela nasce na hora certa, a não ser nos casos de prematuros. Existem várias evidências e especulações de que o trabalho de parto não é meramente uma atitude física de expulsão do bebê, e sim uma alteração de padrão hormonal em que há liberação de hormônios pela mãe e bebê que sinalizam que o momento de nascer está chegando. Outro beneficio é que o tórax do bebê é comprimido ao passar pelo canal de parto, o que faz com que ele expulse secreções das vias respiratórias, tornando-o mais adaptado a respirar.
Para a mãe: além do aspecto psicológico, da satisfação da mulher em poder dar à luz, a recuperação é mais rápida e são menores as chances de complicações após o procedimento, como sangramentos ou infecções, por exemplo.
Quando o parto cesárea é realmente necessário?
-->Quando a placenta cobre parcial ou totalmente o colo do útero, impedindo a saída do bebê, a chamada placenta prévia;
--> Caso a mãe tenha herpes genital com lesão ativa até um mês antes do parto;
--> Em casos raros de doenças cardíacas;
--> Se o bebê está atravessado, mas antes é possível tentar ajudá-lo a ficar na posição correta;
--> Nos casos em que a gestante tenha aids com varga viral muito alta ou desconhecida;
--> Quando há descolamento prematuro de placenta;
--> Se a abertura do colo da mãe é pequena para o bebê, algo que ocorre em menos de 5% dos partos;
--> Nas situações em que o cordão umbilical penetra no canal de parto antes do bebê;
--> Se há diminuição drástica no fluxo de oxigênio ou nos batimentos cardíacos, o que ocorre em apenas 1% dos partos. Fonte: 300 respostas da Crescer sobre gravidez
mulher eu postei esse relato em um blog pra gravidas e faltaram me crucificar!
ResponderExcluirpostei com o intuito de fazê-las refletir sobre sentir a si mesma e tentar esperar ao máximo, entender os sinais que o corpo da... enfim com o intuito de informar com um exemplo!
foi maior fuzuê! o defeito das pessoas é que elas só querem ver e saber de flores a arco iris e quando acontece com qualquer pessoa não sabem o que é, por falta de informação! seublog é uma maravilha!
Infelizmente é assim msm Jayne, eu sempre bato nessa mesma tecla e sempre tem umas e outras que porque elas tiveram cesáreas e por sorte e pela mão de Deus não houve nenhuma complicação. Minha mãe quase morreu ao me dar a luz de cesárea, então pense, Deus criou a mulher e a fez apta e capaz de parir uma criança da maneira mais natural mas elas não querem passar pela dor e por temor optam pelo parto cirúrgico que é arriscado já que é uma cirurgia.
ResponderExcluirO maior risco é para o bebê pq nem sempre a idade gestacional que o obstetra diz ter é a real, e se um bebê nascer antes do tempo é mto arriscado.
Tbm sou criticada como vc por isso amiga, não ligue e continue divulgando pq uma hora entra na cabeçinha delas rsrs
Beijo.
Chorei com o relato. Acho uma crueldade as cesareas desnecessarias.
ResponderExcluirFiz o meu normal, coloquei na cabeça e fui até o fim.
Foi ótimo! Perfeito. um parto lindo de 39 semanas exatas. Meu bebe nasceu ótimo, e essa sensaçao ngm irá me tirar.
Sou a favor do normal, infelizmente nem todas pensam assim. é uma pena.
Li o post sobre as fotos, e esse aqui tb me chamou a atençao. afinal é um assunto polemico.
Bjss
Muito triste esse relado, tbm me emocionei. Meu príncipe nasceu com 37 semanas e foi parto normal, 47 cm e 2,550 de peso, hoje ele ta com 7 meses e 4 dias, ta com muita saúde e danado rsrsr... Graças ao meu bom Deus foi tudo tranquilo, nem senti muito dor, eu tava era rindo kkkkkkkkkkk' (serio!). Tinha pressão baixa antes da grávides, e tinha muito medo de ter um parto cesario de aconter algo comigo ou com meu lindão. + hjem dia eu só tenho a agradecer ao Senhor, e pelas orações q fizeram por mim. Meu filhote ta lindo e com muuuuuuita saúde. Bjosss....
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